quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Parafuso 4

Estava Nelita atrás do arbusto quando vislumbrou, alguns metros mais à frente, o seu sacristão,o seu querido sacristão, com uma magana toda emperaltada com os seios quase à mostra e o saiote quase pendurado ao pescoço, ambos num movimento de vai-vem que Nelita nessa altura não entendeu. Somente quando viu que o seu querido Alberto se despediu da magana com um beijo...

Bem, Nelita quase sentiu o seu peito explodir, sentiu a tez ficar-lhe vermelha de raiva, sentiu suas pernas tremerem e as lágrimas saltarem dos olhos que nem num jacto de água! Pobre Nelita... alí ficou banhada em lágrimas envolta na sua dor...

Alberto era na altura o sacristão, um moço tosco, de corpo em “V”, alto, moreno, de olhos esverdeados, de sorriso atrevido, um verdadeiro quebra corações.

Nos dias que se seguiram Nelita ficara muda (se bem que Nelita não era uma adolescente muito faladora) com a tez pálida... A mãe, a Dona Ermelinda, dizia que o melhor seria comprar remédio das bichas para dar à catraia, não fosse algum bicharoco estar a roubar-lhe o apetite.

Passaram-se algumas semanas após o acontecido e era chegada a notícia que Alberto iria para outras terras, longe de Barroselas. O coração de Nelita ficara arrasado com a notícia pois não mais veria o seu querido Alberto...

Bem, rei morto, rei posto! Ao cabo de alguns dias, após a partida de Alberto, eis que chega o novo sacristão! Um rapaz cheio de nove horas, vindo não se sabe bem de onde e que viria àquela terra para reencontrar a sua missão: a de ser padre!

Assim que Nelita lhe pôs a vista em cima o seu coração exultou de alegria!

E o que aconteceu ao pai de Nelita? Não se sabe, porque Nelita decidiu voltar atrás e fazer o caminho mais longo para casa conforme recomendação dos pais.

5 comentários:

Mimo disse...

Posso saber quem anda a alterar a formatação do texto? Ai ai. Então e direitos de autor? A formatação está incluída!

Mário Monteiro disse...

fui eu... fui eu..., mas podes voltar a por como estava

Mimo disse...

Posso? Fico contente por deixares.

Olha, agora põe tu! Sempre quero ver! lol

Deixa estar. Eu sabia que era o Sr. Administrador. Digo: o Senhor Administrador! :)

Pareceu-me que a ideia inicial era a de continuar a história no ponto onde o último co-autor a deixou... Bem, não me parece que seja bem isso que está a acontecer... Cada um "pegou" numa personagem. Acho que neste ponto o blog merecia um Consílio, pois corremos o risco de cada um de nós debitar histórias paralelas e a ideia é contar a história do desparafusado do Dassilva.

Mário Monteiro disse...

pois foi, e tu foste a primeira a não respeitar essa regra, mas não tem mal, parece que agora estamos na caracterização das personagens mais importantes, no fim arranja-se isso tudo, mas logo que recomece a história do Dassilva era bom que cada um pegasse no texto anterior e começasse a partir daí.

Quando escreveste no teu primeiro post (continua) pensei que ias continuar nesse mesmo post e não num novo, mas tá tudo bem, eu logo que acabe a caracterização do Gulho parto para o Dassilva e então cada um de nós deverá pegar no último texto e continuar, mas para já podes continuar com a Noémia, está excelente e a mulher tem muito parea dar, imagino como deverá ter sido animada a vida dela no convento... talvez a falta de homens a tivesse feito mudar o convento pelo ensino primário numa escola masculina. LOLOL

Mário Monteiro disse...

tens razão mimo, o último texto acabava com a Nelita, eu é que já tinha o perfil do Gulho alinhavado e nem dei conta, fiz um novo alinhamento para que a leitura se torne mais lógica